Demissões e fechamento da Vulcabrás/Azaleia em Maiquinique.
Do sonho ao pesadelo.
HÁ mais de uma década atrás, era um sonho para milhares de trabalhadores dos municípios de: Maiquinique e Itarantim a instalação da Azaléia em suas regiões, mais de uma década havia se passado, o sonho que era realidade (hoje dia 16/12/2011), virou pesadelo. A chegada de uma empresa como essa faz uma revolução total aonde chega, da mesma forma quando sai, deixa uma enorme desolação. Numa região tão pobre e esquecida como é o Sudoeste da Bahia, principalmente nesses limites da região onde se pratica a monocultura, com mão de obra barata imagina como fica? O trabalhador viu a possibilidade de melhora financeira, aquisição de bens duráveis de consumo, realização de compra da casa própria reforma ou ampliação da mesma, alguns se endividaram comprando móveis, carros, motos e imóveis confiando no emprego. Muitos trabalhadores migraram de uma localidade pra outra só para, ficar mais próximos das fábricas, agora tem que refazer novamente o caminho de volta. Ao mesmo tempo em que o trabalhador sentiu-se, valorizado em detrimento dos coronéis das fazendas, que sugam o seu suor ao extremo só faltando tirar-lhe, o couro, ver seu mundo se esvair. Sentiu-se, como milhões de trabalhadores da nação, com o direito de ter uma carteira assinada com vários benefícios e que no fim de sua jornada de trabalho poderia lhe dar uma aposentadoria mais digna; de repente, contrasta-se, com uma realidade contrária a tudo o que planejou e ver seus sonhos serem desfeitos. Este é um episódio triste na história de Maiquinique e Itarantim.
A (Vulcabrás Azaléia), afirmou em nota para a Imprensa que o fechamento das fábricas, é por causa do alto custo com logística, o baixo volume de produção e a concorrência com os calçados importados, justificando assim a demissão de cerca de 1800, trabalhadores em seis filiais. (Só em Maiquinique havia mais de 300 funcionários na fábrica local, segundo: O Jornal A Tarde, em Itarantim aproximadamente 380 funcionários). Ao que se parece, esta é uma situação difícil de ser revertida, uma vez que a empresa não citou como fator de desestímulo, nada ligado ao governo: tributação ou algo mais e sim fatores concernentes à empresa, ao mercado e a localidade.
Reportagem: 16/12/2011.
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